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Vagas promove workshops de empregabilidade e impulsiona contratação de pessoas refugiadas

Atualizado: 27 de set.

25/04/2023 (atualizado em junho de 2024)

Por Karine Wenzel


Oficina de empregabilidade realizada em São Paulo em novembro. Foto: Vagas
Oficina de empregabilidade realizada em São Paulo em novembro. Foto: Vagas

Em 2022, a empresa de tecnologia para recrutamento e seleção Vagas, no mercado há mais de 23 anos, expandiu sua atuação, apoiando instituições voltadas para causas comprometidas com a diversidade, equidade e inclusão, como a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). Assim, a companhia aderiu ao Fórum Empresas com Refugiados e engajou-se na inclusão de pessoas refugiadas e migrantes no mercado de trabalho brasileiro.


“Nosso primeiro contato com o ACNUR foi para pensarmos soluções conjuntas para que empresas conseguissem encontrar pessoas refugiadas em nosso banco de dados, que conta atualmente com mais de 24 milhões de profissionais cadastrados. Mesmo sem um filtro específico, desenvolvemos a hashtag #workshopvagaseacnur, que permite a localização desses profissionais por nossos clientes. O objetivo é fazer essa ponte entre os candidatos refugiados e empresas que querem aumentar ainda mais a diversidade de suas equipes”, explica Renan Batistela, especialista de Diversidade, Equidade e Inclusão na Vagas.


No segundo semestre de 2022, a empresa avançou ainda mais nessa temática. Por meio do Colettivo, iniciativa da Vagas para formação de RHs mais justos e inclusivos, a companhia promoveu workshops de empregabilidade, em parceria com o ACNUR. Cerca de 150 pessoas refugiadas e migrantes participaram da oficina “Top dicas para um currículo de sucesso no Vagas.com”, entre outubro e dezembro de 2022. Os workshops presenciais foram ministrados em Boa Vista (RR), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS), em português, espanhol e inglês, contabilizando, no total, 18 horas de formação. Em cada cidade, foram realizados três encontros com apoio dos parceiros Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), Caritas Arquidiocesana de São Paulo, Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR) e Ensino Social Profissionalizante (Espro).



Workshop em Boa Vista. Foto: Vagas
Workshop em Boa Vista. Foto: Vagas

“Participaram principalmente pessoas vindas da Venezuela e do Afeganistão e estamos muito felizes com esses resultados que já começam a aparecer. Agora temos a continuação do trabalho, que é conversar com nossas empresas clientes, mostrando que podem acessar facilmente os currículos das pessoas refugiadas. Afinal, o resultado que buscamos não é apenas apoiar na criação de currículos, mas, acima de tudo, que as pessoas refugiadas consigam boas oportunidades de trabalho”, acrescenta Renan.



Luís aprendeu a fazer seu currículo no curso em Porto Alegre. Foto: Vagas
Luís fazendo seu currículo no curso em Porto Alegre. Foto: Vagas

O venezuelano Luís Acevedo participou de uma das turmas na capital gaúcha. Em 2018, ele chegou ao Brasil, onde conseguiu se manter graças às diárias como pintor e jardineiro em Boa Vista e, recentemente, em Porto Alegre, para onde se mudou com o processo de interiorização da Operação Acolhida.


Durante o workshop, Luís aprendeu a fazer um currículo, a se cadastrar na plataforma Vagas.com e sobre o funcionamento do mercado de trabalho brasileiro. Depois, ficou atento às oportunidades e enviou seu currículo para algumas companhias. Após 21 dias, foi chamado para o processo seletivo da empresa Gocil Segurança e Multisserviços. Realizou algumas entrevistas, enviou documentos e conquistou seu primeiro emprego formal no Brasil - após mais de quatro anos de sua chegada ao país.


“Confesso que não acreditava nesse negócio de currículo, nunca tinha feito um no Brasil. Durante o curso, prestei muita atenção no que estavam falando e fiz meu currículo, coloquei as informações mais importantes e minhas experiências. Com fé e perseverança as coisas podem ser alcançadas e em menos de um mês fui chamado para uma entrevista de emprego. Estou maravilhado, as pessoas gostam do meu trabalho e sou muito profissional”, conta.


Atualmente Luís trabalha como jardineiro. Foto: Arquivo pessoal
Luís trabalha como jardineiro. Foto: Arquivo pessoal

Rodrigo Siqueira, supervisor de Luís na Gocil, atesta seu profissionalismo: "Ele é um excelente funcionário. Trabalha na área de jardinagem e resolveu todos os desafios que tínhamos nesta área, e recebemos muitos elogios da empresa onde ele atua como terceirizado”.


Mais ações para sensibilização de contratantes


A Vagas segue com as ações de sensibilização de contratantes e de empregabilidade. Em março de 2023, por exemplo, realizou um webinar sobre os benefícios da contratação de pessoas refugiadas no Brasil. O evento foi transmitido pelo Youtube do Colettivo. Durante o webinar, foram destacados os direitos trabalhistas e perfis das pessoas refugiadas, além de abordar boas práticas do setor privado brasileiro.


Atualmente, o site de empregos da Vagas, o Vagas.com, tem mais de 1,2 mil empresas que divulgam vagas e buscam profissionais por meio do software de recrutamento e seleção Vagas For Business.


“Queremos sensibilizar nossos clientes e todos potenciais contratantes que existem pessoas refugiadas altamente qualificadas e que estão não apenas aptas para atuar em companhias brasileiras, como trazem consigo uma série de benefícios para as empresas que as contratam. Para o futuro, queremos desenvolver ainda mais e melhores formas de apoiar o encontro de valor entre as pessoas refugiadas e as empresas através da tecnologia”, afirma Carol Kaphan, responsável pela Comunicação Institucional na Vagas.


Dica importante


Para empresas Em junho de 2024, foi lançada uma ferramenta de critério de autodeclaração de pessoas refugiadas. Assim, empresas clientes da Vagas também podem colocar essa condição como critério e assim conhecer profissionais refugiados que buscam uma oportunidade de emprego.


Para candidatos(as) refugiados(as) Se você é uma pessoa refugiada, pode cadastrar seu currículo no Vagas.com gratuitamente. Após clicar em "Sou estrangeiro", deve selecionar o campo “sou refugiado”. Em seguida, preencher o campo “Qual a sua situação atual no Brasil?” com o status que melhor represente a realidade do candidato no país:

Sou um refugiado reconhecido

Sou solicitante da condição de refugiado

Tenho residência para fins de acolhida humanitária

Sou nacional da Venezuela com residência temporária

Outra

Caso o candidato já possua um perfil na plataforma, basta realizar o login e, na seção “Dados Pessoais” marcar o campo “Sou refugiado” e responder “Qual a sua situação atual no Brasil?” para adicionar essa informação ao currículo. Acesse aqui o guia completo para saber como cadastrar seu currículo.


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